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Amigos e familiares de Íris Magno protestam em Ouro Preto exigindo respostas sobre seu desaparecimento

Amigos e familiares de Íris Magno protestam em Ouro Preto exigindo respostas sobre seu desaparecimento

No último sábado (22), amigos e familiares de Íris Magno, que está desaparecida há mais de um mês, se reuniram na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, para exigir respostas e ações efetivas das autoridades.


Além da busca por justiça, o ato teve como foco o fortalecimento da discussão sobre a implementação da Lei Íris Magno — uma proposta que visa melhorar o protocolo de resposta a casos de desaparecimento na cidade.


A manifestação contou com a participação dos irmãos de Íris, Silvestre e Tobias da Silva, que compartilharam publicamente a dor e a angústia da família. “Estamos nesta jornada à procura de Íris. Ela é minha irmã, nossa amiga, uma jovem de Ouro Preto. A cidade toda sente sua falta. Não vamos permitir que mais uma pessoa desapareça sem respostas. Queremos justiça!”, declarou Silvestre.


Tobias também fez um desabafo emocionado sobre a falta de informações: “Estamos aqui buscando justiça. Onde estão as respostas das autoridades de Ouro Preto? Ninguém diz nada para nós. São 35 dias de desespero. Se fosse o filho de alguém influente, já teriam resolvido? Precisamos de explicações. Isso é um absurdo, não só para nós, mas para toda a cidade.”


A vereadora Lilian França (PP), autora da proposta da Lei Íris Magno, também esteve presente. O projeto prevê a criação de um Sistema Municipal de Alerta para divulgar imediatamente casos de desaparecimento, utilizando redes sociais, rádios comunitárias e cartazes.


Além disso, sugere a formação de uma equipe especializada dentro da Guarda Municipal para atuar diretamente nas buscas, em colaboração com outras forças de segurança.


Durante seu discurso, a vereadora enfatizou a urgência da proposta: “Essa lei surge da dor da família e da comunidade. O nome foi escolhido para que este caso não seja tratado como isolado. Muitas mulheres desaparecem em situações semelhantes às de Íris. E quando se trata de mulheres negras e periféricas, o descaso é ainda maior.”


Um dos pontos centrais da lei é a obrigatoriedade de resposta imediata das autoridades frente a qualquer notificação de desaparecimento.


“Assim que a família acionar a Polícia Militar, todas as operações de rotina devem ser suspensas para mobilizar uma equipe técnica dedicada às buscas”, explicou Lilian.


O projeto também prevê suporte integral às famílias das vítimas, incluindo assistência psicológica, jurídica e social. “Até hoje, a família de Íris não recebeu apoio psicológico ou social. Isso é inaceitável. Nossa proposta prevê atendimento imediato após a notificação do desaparecimento”, ressaltou a parlamentar.


Outro aspecto inovador da Lei Íris Magno é a proteção financeira das famílias afetadas. “Se a pessoa desaparecida contribuía com o INSS, a família perde essa fonte de renda, agravando ainda mais o sofrimento. A ideia é levar essa pauta para o âmbito nacional, garantindo que as famílias não fiquem desamparadas enquanto esperam por respostas”, acrescentou Lilian.


Após o protesto na Praça Tiradentes, os manifestantes caminharam até a Câmara Municipal, onde o projeto de lei foi oficialmente apresentado. A vereadora destacou a importância da participação popular na elaboração da proposta.


“Esse é um texto inicial, aberto à contribuição da comunidade. Esperamos que o projeto seja aprovado rapidamente e sancionado pelo prefeito”, concluiu

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