BH: “Dama do Crime” é detida em cobertura de luxo durante megaoperação contra o Comando Vermelho
- Redação Portal News

- 15 de jul.
- 2 min de leitura

Belo Horizonte (MG) – Na terça-feira (15), a Polícia Civil prendeu Anne Casaes, de 38 anos, identificada como uma das principais operadoras do Comando Vermelho (CV) em atividades de lavagem de dinheiro e comunicação entre estados da facção criminosa.
Conhecida como a “Dama do Crime”, ela foi detida preventivamente em uma cobertura luxuosa no bairro Buritis, na região Oeste da capital mineira.
A prisão foi realizada durante a Operação Reversus, coordenada pela Polícia Civil do Mato Grosso, com o apoio das polícias civis de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Ao todo, a operação cumpriu 26 mandados de prisão e mais de 50 mandados de busca e apreensão em cinco estados.
Esquema de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro
As investigações revelaram que a organização criminosa utilizava fraudes bancárias e transações simuladas para legitimar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas e outras atividades ilícitas.
O nome da operação, “Reversus”, refere-se ao percurso do dinheiro ilegal: os valores saíam do Mato Grosso, eram movimentados em contas no Rio de Janeiro e retornavam ao estado de origem como se fossem legais, através da negociação de veículos e gado.
Anne Casaes: vínculo com o CV e atuação em MG e MT
Conforme a polícia, Anne Casaes ocupava uma posição estratégica dentro do Comando Vermelho, sendo responsável por manter a comunicação entre líderes da facção em diferentes estados e intermediar operações financeiras criminosas, especialmente em Minas Gerais e Mato Grosso.
Ela já havia sido investigada e presa anteriormente em Minas Gerais por crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
As autoridades afirmam que sua atuação se intensificou após a morte do marido, Júnior Gago, considerado o chefe do tráfico do Comando Vermelho no Mato Grosso, que faleceu na Bolívia.
Defesa nega envolvimento
Em nota, a defesa de Anne Casaes negou qualquer participação nos crimes investigados, afirmando que ela não tem ligação com os demais alvos da operação.
Os advogados ressaltaram que o processo está sob segredo de Justiça e expressaram confiança na apuração justa e na comprovação da inocência de sua cliente.
A Agência Central de Inteligência da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG), em parceria com a Delegacia de Fraudes da Polícia Civil mineira, também participou ativamente da operação que resultou na prisão da suspeita.







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