Clima tenso em Itabirito: Renê Butekus processa Anderson do Sou Notícia; vereador responde e afirma que há distorção dos fatos; declarações passadas de Renê são relembradas
- Redação Portal News

- 16 de jul.
- 2 min de leitura

Um desentendimento entre vereadores da Câmara de Itabirito ultrapassou os limites legislativos e se transformou em um caso judicial.
O vereador Renê Butekus (PSD) apresentou uma queixa-crime por injúria e difamação contra seu colega Anderson do Sou Notícia (PL).
A ação se baseia em declarações feitas por Anderson durante as sessões da Câmara, especialmente uma fala proferida em fevereiro deste ano.
Segundo Renê, ele foi alvo de termos que considera ofensivos à sua honra, como “papagaio falador”, “boca bamba” e “palhaço”.
Ele argumenta que uma fala específica de Anderson teve um tom pessoal e malicioso, indo além do debate político.
Durante uma das sessões, Anderson declarou:
“Só quem tem mulher, só quem gosta de mulher, só quem relaciona com mulher, sabe o que eu tô falando. Agora, quem não gosta de muié, quem não relaciona com mulher, não sabe o valor que uma mulher tem. Essa que é a realidade, tá?”
Renê interpretou essa declaração como uma insinuação à sua vida pessoal. Por isso, formalizou a queixa com base nos artigos 139 e 140 do Código Penal Brasileiro, que tratam de difamação e injúria.
Anderson rebate e acusa Renê de distorcer os fatos
Em resposta, o vereador Anderson negou as acusações e afirmou que a ação judicial tem um caráter político, buscando distorcer suas palavras para gerar polêmica.
“Renê está tirando meus discursos do contexto para causar uma palhaçada.
Ele vive usando essa palavra na Tribuna! Me acusa de coisas que ele mesmo faz.
Quantos discursos de ódio ele já fez contra instituições, contra o ex-prefeito Orlando, contra secretários e até contra mim? Vou provar tudo no processo.”
Anderson também afirmou que nunca atacou a vida pessoal de ninguém e que suas falas visavam comportamentos de homens que agem de forma violenta contra mulheres:
“Nunca coloquei a vida pessoal de ninguém em discussão. Minha fala foi direcionada a homens covardes que agridem mulheres. Querer distorcer isso é má fé. Não citei nominalmente o referido vereador em nenhuma de suas alegações.”
Sobre os termos utilizados, como “boca bamba”, Anderson explicou que fazem parte de seu estilo retórico, sem intenção de ofender:
“Uso isso para dar força ao discurso. Não é ofensa pessoal, é linguagem política.”
Declarações antigas de Renê vêm à tona
A equipe do Sou Notícia revisitou arquivos de sessões da Câmara e encontrou declarações anteriores de Renê que também podem ser vistas como ofensivas.
Em uma ocasião, ele se referiu a funcionários do Saae como “tatus”, o que foi considerado desrespeitoso. Em outra, Renê afirmou:
“O prefeito e meia dúzia de secretários deveriam ter sido colocados em um balão e alguém cortado a corda!”
Essa declaração gerou polêmica e críticas, sendo interpretada como um desejo de desaparecimento do então prefeito Orlando Caldeira e parte de sua equipe.
A reportagem tentou contato com Renê Butekus para comentar sobre suas declarações passadas, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.
O espaço permanece aberto para sua manifestação.
Judicialização do conflito
O conflito entre os vereadores agora se encontra na esfera judicial, expondo um clima de crescente tensão política na Câmara Municipal de Itabirito.
O Poder Judiciário analisará se houve crime nas declarações feitas pelos parlamentares, e a situação promete continuar tensa na política local.







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