Funcionárias Denunciam Assédio Sexual na FM2C, Empresa Terceirizada da Vale, na Mina do Pico em Itabirito
- Redação Portal News

- 14 de ago.
- 2 min de leitura

Recentemente, um relato publicado no LinkedIn trouxe à tona sérias acusações de assédio sexual contra funcionárias da Mina do Pico, em Itabirito.
De acordo com a postagem, três técnicas de segurança teriam sido assediadas por um líder da FM2C, empresa terceirizada da Vale.
As vítimas afirmam que informaram a gerência e a coordenação da empresa, mas não foram tomadas medidas adequadas, e o acusado chegou a ser promovido depois.
“Num contexto em que estamos vendo vários estupros e atentados contra nós, mulheres, isso é inadmissível e intolerável. Pedimos apoio para medidas assertivas e levaremos o caso à Prefeitura de Itabirito”, declarou a autora do relato.
Um ex-colaborador que testemunhou os incidentes conversou com o Sou Notícia sobre o caso.
“Há alguns meses, quando eu ainda trabalhava na FM2C, presenciei um caso de assédio sexual envolvendo três mulheres, perpetrado por um indivíduo que era encarregado. As vítimas relataram os abusos à chefia imediata, mas a coordenação abafou a situação. O autor foi transferido para o turno da noite, enquanto duas das mulheres assediadas foram demitidas, e ele retornou ao turno diurno, já promovido a supervisor”, afirmou.
Ele também destacou o impacto emocional que as profissionais enfrentaram. “
As duas mulheres que sofreram assédio e foram demitidas estão profundamente abaladas pelo tratamento que receberam da empresa diante desse grave caso”, acrescentou o trabalhador.
Em resposta às denúncias, a Ouvidoria da FM2C declarou que não tolera qualquer forma de assédio e que busca manter um ambiente ético e inclusivo.
A empresa afirmou que levará o caso a sério, seguindo os procedimentos internos e disponibilizando canais para apuração, além de se colocar à disposição das autoridades competentes.
A psicanalista e presidente do Instituto Florescer, Damares Martins, destacou o impacto do assédio sexual sobre a dignidade e a saúde emocional das vítimas:
“O assédio sexual não fere apenas o corpo, mas também a alma e a dignidade. Ele invade a identidade, abala a autoestima e pode deixar marcas emocionais que, se não cuidadas, perduram por toda a vida. É uma violência silenciosa que destrói a confiança e a segurança interna. Por isso, cada denúncia precisa ser acolhida com seriedade e investigada com rigor para proteger a vítima, reparar o dano e impedir que outras pessoas passem pela mesma dor”.
A reportagem optou por não divulgar os nomes dos envolvidos no caso.







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