Justiça Encerra Processo de Recuperação Judicial da Samarco
- Redação Portal News

- 13 de ago.
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A Justiça de Minas Gerais decidiu encerrar o processo de recuperação judicial da Samarco, conforme anunciado pela própria empresa nesta terça-feira (12/8).
A decisão foi proferida pelo juiz Murilo Silvio de Abreu, da 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, na última segunda-feira (11/8), em resposta a um pedido da mineradora.
A Samarco solicitou recuperação judicial em abril de 2021, e seu plano foi aprovado em agosto de 2023.
Durante esse período, a empresa reestruturou dívidas que ultrapassavam R$ 50 bilhões com cerca de 10 mil credores.
Atualmente, a mineradora opera com 60% de sua capacidade instalada e espera alcançar 100% até 2028, com uma produção estimada entre 26 e 27 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro.
O juiz afirmou que todos os requisitos legais foram atendidos e que a continuidade do processo poderia dificultar o acesso a crédito e investimentos, prejudicando a retomada das operações.
A Samarco considerou essa conclusão um “passo importante para o reequilíbrio econômico-financeiro” e reafirmou seu compromisso com as obrigações estabelecidas no plano.
No segundo trimestre deste ano, a mineradora registrou um prejuízo líquido de US$ 1,69 bilhão, revertendo o lucro de US$ 1,38 bilhão obtido no mesmo período de 2024.
Esse resultado foi impactado principalmente por variações cambiais e provisões relacionadas a obrigações de reparação.
A Samarco suspendeu suas atividades em 2015, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que resultou em 19 mortes e configurou o maior desastre ambiental do Brasil. As operações foram parcialmente retomadas em 2020.
Em outubro de 2024, a empresa e suas controladoras, Vale e BHP, assinaram um acordo de R$ 170 bilhões com as autoridades para a reparação de danos, a serem pagos ao longo de 20 anos.
A Samarco é uma joint venture entre Vale e BHP Brasil, com operações em Minas Gerais e Espírito Santo, destacando-se pelos complexos de Germano e Ubu.







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