Mineradora é interditada após laudo indicar irregularidades em Brumadinho

A Prefeitura de Brumadinho decidiu suspender as atividades da mineradora Tejucana S.A. após uma fiscalização ambiental realizada pela Secretaria de Meio Ambiente e pela Defesa Civil do município.

A medida impõe um prazo de 48 horas para que a empresa apresente um plano de reparação e um de recuperação das áreas afetadas.

A fiscalização ocorreu em 15 de janeiro de 2025, motivada pela notificação da própria mineradora sobre o acionamento do Alerta Nível 2 em seu Plano de Contingência no dia anterior.

Durante a inspeção, foram constatadas várias irregularidades ambientais, incluindo:

• Processos erosivos severos em diversas áreas de mineração, sem medidas adequadas de controle e prevenção;
  

• Transporte de sedimentos resultantes das atividades minerárias, impactando os cursos d’água próximos e causando o assoreamento do Córrego Socomini, que deságua no Rio Paraopeba;
  

• Desvio do curso d’água e alargamento do leito do Córrego Socomini, alterando o fluxo natural da água e afetando a fauna e flora aquáticas;
  

• Soterramento de vegetação nativa na região devido às operações da mineradora;
  

• Falta de um sistema de drenagem apropriado na Mineração Ferraria, exacerbando a erosão e o transporte de sedimentos para áreas adjacentes;
  

• Ausência de um Plano de Contingência eficaz na Mineração Ferraria para mitigar os impactos ambientais.
  

A decisão da Prefeitura provocou reações entre os funcionários da Tejucana, que realizaram um protesto em frente à sede do Executivo municipal nesta sexta-feira (21), reivindicando o retorno das atividades da mineradora.

O movimento expressa a preocupação dos trabalhadores com o impacto da suspensão em seus empregos e na economia local.

A administração municipal ressaltou que a suspensão tem como objetivo preservar o meio ambiente e minimizar danos ao ecossistema, exigindo que a empresa apresente soluções concretas para regularizar suas operações.