Mulher grávida morre após queda de balão no interior de SP

Um trágico acidente com um balão de ar quente resultou na morte de uma mulher e deixou pelo menos dez pessoas feridas na manhã deste domingo (15), na zona rural de Capela do Alto, situada a cerca de 130 km de São Paulo.

A aeronave, que levava 35 ocupantes, decolou de Iperó e caiu aproximadamente 25 km depois, durante um voo turístico não autorizado.

A vítima foi identificada como Juliana Alves Prado, de 27 anos, psicóloga natural de Pouso Alegre (MG).

Segundo informações da Polícia Civil, ela estava grávida, e exames foram requisitados para confirmar a gestação.

Outras dez pessoas sofreram ferimentos leves e receberam atendimento médico.

O balão transportava 33 passageiros, além do piloto e de um assistente.

O passeio fazia parte de uma excursão de Minas Gerais, que incluía um pedido de casamento planejado por um dos participantes.

A tragédia, no entanto, interrompeu esses planos e revelou sérias irregularidades.

Conforme a Confederação Brasileira de Balonismo, o balão era clandestino, com capacidade máxima para 24 pessoas, e estava sobrecarregado em mais de 10 passageiros.

O piloto, que não possuía licença válida e era autorizado apenas a realizar voos individuais, foi preso em flagrante e deve responder por homicídio culposo.

Em seu depoimento, ele afirmou que uma mudança repentina nas condições climáticas causou a perda de controle da aeronave. Ele permanece sob custódia preventiva.

A queda ocorreu na Estrada Municipal Vereador Geraldo Portela, após tentativas mal sucedidas de pousos de emergência.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Seccional de Itapetininga.

Enquanto isso, Boituva, cidade próxima e conhecida como a “capital nacional do balonismo”, realizava o 38º Campeonato Brasileiro de Balonismo no mesmo fim de semana, mas os voos foram suspensos devido a ventos fortes que chegavam a 70 km/h, muito acima do limite seguro de 10 km/h.

A empresa Aventurar Balonismo, responsável pela operação do voo, não se pronunciou sobre o incidente.

A Prefeitura de Boituva emitiu uma nota expressando pesar pelo acidente e ressaltando que a operação era irregular e sem autorização das autoridades aeronáuticas.