Operação da Polícia Federal desarticula esquema bilionário de fraudes ambientais em Minas Gerais
- Redação Portal News

- 18 de set.
- 2 min de leitura

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (17) a Operação Rejeito, que resultou na prisão preventiva do ex-deputado estadual João Alberto Paixão Lages em Belo Horizonte.
A ação, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, tem como alvo um conglomerado empresarial acusado de fraudar processos de licenciamento ambiental para explorar minério de ferro em Minas Gerais.
Segundo as investigações, o esquema envolvia mais de 40 empresas, entre elas a holding Minerar S/A e a Gute Sicht Mineração, utilizadas para viabilizar licenças fraudulentas.
O grupo explorava minério em regiões tombadas e próximas a áreas de proteção ambiental, recorrendo a propina, tráfico de influência, fraudes documentais e lavagem de dinheiro.
A operação cumpre 22 mandados de prisão preventiva e 79 ordens de busca e apreensão em diversas cidades mineiras.
O objetivo é desarticular uma organização criminosa que teria obtido lucro de R$ 1,5 bilhão e possuía projetos em andamento avaliados em mais de R$ 18 bilhões.
De acordo com a PF, mais de R$ 3 milhões em propinas foram pagos ao longo do esquema.
Além das prisões, a Justiça autorizou o bloqueio e sequestro de bens no valor de R$ 1,5 bilhão.
O inquérito, aberto em 2020, aponta que o grupo teria corrompido integrantes de órgãos como a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas (FEAM) e o Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
A Justiça Federal também determinou o afastamento de três servidores públicos suspeitos de receber propinas regulares.
Os investigados poderão responder por crimes ambientais, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, fraude documental, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.







Comentários