Operação da Receita Estadual intercepta esquema de falsificação de sabão em pó que causaria prejuízo de milhões em MG
- Redação Portal News

- 27 de ago.
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Um extenso esquema de produção e distribuição de sabão em pó falsificado foi desmantelado pela Receita Estadual de Minas Gerais entre maio de 2024 e agosto de 2025.
A ação impediu que mercadorias pirateadas no valor aproximado de R$ 6,7 milhões chegassem ao mercado, além de evitar a sonegação de R$ 1,2 milhão em impostos. Somente neste ano, 12 fábricas clandestinas foram fechadas em território mineiro.
A investigação teve início a partir de alertas da indústria legítima, conforme explicou Carlos Renato Machado Confar, superintendente de Fiscalização da Secretaria de Fazenda:
"Nós começamos essa investigação em maio do ano passado, partindo de uma sinalização da indústria de referência. Os consumidores estavam questionando a qualidade do produto, e aí eles [os fabricantes] começaram a perceber que o que chegava ao mercado não era exatamente o que produziam".
Durante as operações, os fiscais apreenderam 450 toneladas de produtos adulterados que imitavam marcas consagradas com cor, cheiro e embalagens semelhantes aos originais. Também foram recolhidos insumos suficientes para produzir mais 270 toneladas de sanitizantes falsificados.
Uma gráfica em Belo Horizonte foi alvo de uma das ações por produzir embalagens falsas com logotipos copiados, rótulos impressos sem autorização e até elementos de marca registrada do OMO.
Desde 2021, amostras dos produtos apreendidos vêm sendo analisadas pelo laboratório de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O professor Marcelo Martins de Sena, do Departamento de Química da UFMG, alertou sobre os riscos: "É uma falsificação. Você não tem o controle de qualidade formal, então não há garantia de que as mínimas práticas exigidas por lei sejam cumpridas". Os testes já identificaram o uso de substâncias como a bentonita, que confere aparência similar ao sabão original, mas pode oferecer perigos à saúde.







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