Progresso nas obras de restauração da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa avança
- Matheus Bonfá Sant'Ana
- 14 de fev.
- 2 min de leitura

Em novembro de 2024, iniciaram-se as obras de restauração do Terminal Ferroviário de Engenheiro Corrêa. Com o patrocínio principal do Grupo Herculano e apoio da J. Mendes, o terminal está sendo revitalizado para se tornar um espaço cultural e de convivência.
No início, foi realizada uma limpeza abrangente da estação e seus arredores, que estavam em estado de abandono e deterioração após mais de 50 anos sem uso. Após essa etapa, o perímetro da obra foi cercado.
Gilson Antunes, da Holofote, empresa responsável pela gestão da obra, explicou que foi necessário implementar uma cobertura temporária e escorar as paredes para evitar colapsos durante as intensas chuvas de dezembro. “A instalação de uma cobertura provisória garantiu que os trabalhos continuassem e protegeu a edificação. Essa estrutura não está apoiada diretamente na estação e será removida quando o telhado for reconstruído”, afirmou.
Em seguida, o escoramento da estação foi realizado para assegurar a estabilidade das paredes durante as escavações necessárias para reforçar a fundação.
O arquiteto Bruno Ferreira comentou: “Todas as paredes precisam ser escoradas para que não cedam durante as escavações. O ato de escavar pode causar vibrações que afetam a estrutura, e esses escoramentos são cruciais para manter a segurança até que os reforços estejam prontos.”
Wanderson Gomes, Gerente de Cultura da Prefeitura de Ouro Preto, destacou: “O projeto de restauração foi elaborado pela Prefeitura, por meio do Fundo Municipal de Preservação. Atualmente, estamos na fase de reestruturação e recuperação, incluindo a instalação de novas estruturas no edifício. O próximo passo será a construção e instalação do novo telhado.”
A restauração do Terminal Ferroviário de Engenheiro Corrêa é viabilizada pelo patrocínio do Grupo Herculano e da J. Mendes, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com gestão da Holofote e apoio da Prefeitura de Ouro Preto.
Histórico da Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa
Inaugurada em 1896, a Estação de Engenheiro Corrêa fazia parte do projeto da Estrada de Ferro D. Pedro II, que visava conectar o Rio de Janeiro a Belém do Pará por meio de ferrovias, ligando as províncias de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro ao restante do império.
Após a Proclamação da República, o nome foi alterado para Estrada de Ferro Central do Brasil.
A estação, inicialmente chamada de “Sardinha”, foi renomeada para “Engenheiro Corrêa” em homenagem a Manoel Francisco Corrêa Júnior, um funcionário que perdeu a vida em um acidente na ferrovia.
Embora tenha sido desativada, a Estação de Engenheiro Corrêa é um importante marco histórico e cultural, simbolizando o desenvolvimento do país e a relevância das ferrovias para a integração e o progresso.
Sobre os patrocinadores
A Herculano Mineração, fundada em 1992, é especializada na extração e comercialização de minério de ferro e manganês, destacando-se pelo uso de tecnologias avançadas em seus processos produtivos e pelo compromisso com a sustentabilidade.
A J. Mendes, mineradora estabelecida em 1966, também tem uma trajetória de inovação e responsabilidade corporativa, atuando em diversos segmentos, incluindo Mineração e Agronegócio, e mantendo um forte compromisso com a ética e o bem-estar das comunidades onde opera.







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