Raio-X da fé em Itabirito: Censo 2022 detalha o mapa religioso da cidade
- Redação Portal News

- 6 de jun.
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Um retrato detalhado da diversidade religiosa de Itabirito foi divulgado nesta sexta-feira (06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados do Censo Demográfico 2022.
O levantamento aponta que, embora a cidade mantenha uma sólida maioria católica, há um crescimento notável no número de evangélicos e de pessoas que não seguem nenhuma religião, alinhando-se às tendências nacionais.
Os números mostram que 72,87% dos itabiritenses (33.966 pessoas) se identificam como católicos. O segundo maior grupo é o dos evangélicos, que correspondem a 18,81% da população (8.769 pessoas).
O panorama se completa com os espíritas (1,61%), seguidores de religiões de matriz africana como umbanda e candomblé (0,31%), adeptos de outras religiosidades (2,06%) e aqueles que se declaram sem religião, somando 4,2% dos moradores (1.957 pessoas).
Análises Demográficas
O Censo revela particularidades interessantes quando a religião é cruzada com dados de sexo e cor ou raça.
Uma das principais distinções é que, enquanto as mulheres são maioria entre católicos (51,25%) e evangélicos (53,96%), os homens são predominantes no grupo dos sem religião, representando quase 60% deste segmento.
A afiliação religiosa também varia de forma significativa entre os diferentes grupos de cor ou raça. O catolicismo é majoritário entre brancos (78,3%), pretos (62,92%), pardos (71,88%) e indígenas (84,71%).
A exceção notável está entre os amarelos, grupo no qual os evangélicos formam a maioria expressiva, com 73,53%.
Contexto Regional e Nacional
Ao ser comparada com municípios vizinhos como Ouro Preto (77,71% de católicos) e Mariana (70,13%), Itabirito apresenta um perfil religioso semelhante, característico da região.
Esse cenário local reflete as grandes transformações da fé no Brasil.
Em escala nacional, o Censo confirmou a queda histórica na proporção de católicos (que já foram 99,7% da população em 1872 e hoje são 56,7%), o avanço contínuo dos evangélicos (de 21,6% em 2010 para 26,9% em 2022) e o crescimento expressivo do número de brasileiros sem religião, que agora representam 9,4% do país.







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