TFB Pode Transformar a BR-356: Terminal Ferroviário Promete Reduzir Tráfego de Carretas
- Redação Portal News

- 12 de abr.
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Uma antiga promessa começa a se concretizar e pode revolucionar a mobilidade em Minas Gerais.
A construção do Terminal Ferroviário de Bação (TFB), localizado no distrito de São Gonçalo do Bação, a 16 km de Itabirito, aparece como uma solução viável para um dos maiores problemas da região: o intenso tráfego de carretas carregadas com minério de ferro nas BRs-040 e 356. As informações são do programa Central 98.
Com a revitalização do terminal ferroviário — que integra a histórica Ferrovia do Aço e existe há mais de 40 anos — o transporte de minério será transferido das rodovias para os trilhos.
Essa mudança promete retirar milhares de caminhões das estradas, diminuindo congestionamentos, acidentes e os impactos ambientais gerados pela circulação de veículos pesados.
Após oito anos de estudos técnicos e ambientais, o projeto finalmente obteve a licença necessária para iniciar as obras.
Essa iniciativa é fruto de um acordo firmado em 2023 entre a TFB, o Ministério Público e o Governo do Estado.
O projeto foi reformulado para atender às demandas da comunidade local e das agências reguladoras.
“O projeto que recebeu a licença ambiental não é o mesmo do início. Ele foi aprimorado ao longo dos anos, ouvindo as comunidades, considerando políticas públicas atualizadas e respeitando o patrimônio histórico e ambiental da região”, afirma Germano Vieira, consultor de meio ambiente e sustentabilidade da TFB.
A proteção do patrimônio cultural de São Gonçalo do Bação, um distrito com raízes no século XVIII que atrai turistas por suas cachoeiras e igrejas centenárias, foi um compromisso da empresa.
Todos os bens de interesse comunitário foram incluídos no processo de licenciamento, com medidas específicas para assegurar sua preservação e até estimular o turismo local.
Entretanto, o projeto enfrenta oposição. A Associação Comunitária de São Gonçalo do Bação e grupos sociais expressam preocupações sobre os impactos da operação do terminal, especialmente devido à sua proximidade de menos de 700 metros de áreas residenciais.
“Não somos contra o desenvolvimento, mas o local escolhido é inadequado para um empreendimento de classe 4”, ressalta Cláudio Aguiar, representante de um dos grupos de moradores.
Germano Vieira, no entanto, assegura que o terminal foi projetado para operar de forma ambientalmente responsável.
Serão implementados sistemas rigorosos de controle, como umidificação constante das áreas de carga, cortinas verdes para conter a poeira e exigências técnicas para os veículos que acessarem o terminal.
As obras do TFB estão previstas para iniciar ainda neste semestre e devem levar cerca de um ano para serem concluídas. Se tudo ocorrer conforme o planejado, a BR-356 — frequentemente marcada por engarrafamentos e acidentes — poderá, em breve, ter um alívio significativo.







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