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Três anos após morte de estudante em cela policial, família de itabiritense cobra respostas da Justiça

Três anos após morte de estudante em cela policial, família de itabiritense cobra respostas da Justiça

Há três anos, no dia 21 de agosto de 2021, a família de Charles Wallace dos Reis Aguiar vive um luto que se renova a cada aniversário de sua morte.


O estudante de História de 23 anos, natural de Itabirito e aluno da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), morreu dentro de uma cela da delegacia de Ouro Preto, em circunstâncias que permanecem sem respostas definitivas.


De acordo com informações, Charles foi detido em Mariana após uma discussão com o namorado e encaminhado à delegacia de Ouro Preto, onde veio a falecer.


A família relata que o estudante - sem passagens pela polícia - foi vítima de negligência policial.


Conforme o inquérito, ele foi colocado na cela com um tirante e um isqueiro, objetos que deveriam ter sido recolhidos por representarem risco à vida.


A mãe do jovem revelou que só soube da morte através da funerária, e não pela polícia, e que o corpo apresentava hematomas que considerou incompatíveis com uma briga de casal.


O caso enfrenta lentidão no sistema de Justiça: o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recebeu o inquérito em novembro de 2022, mas até agora não decidiu se arquiva o processo, oferece denúncia ou solicita novas investigações.


O MPMG informou que "atualmente analisa o inquérito policial para definição das medidas cabíveis, que podem ser o oferecimento de denúncia, pedido de novas diligências ou eventual arquivamento".


A última movimentação processual ocorreu em maio deste ano.


A defesa da família argumenta que, estando sob custódia do Estado, Charles deveria ter tido sua integridade garantida.


Alegam ainda que uma câmera monitorava a cela, mas as imagens não eram acompanhadas, e que os policiais verificaram o jovem apenas "duas ou três" vezes, em tom de reprimenda, enquanto ele fazia barulho.


Os advogados não descartam a possibilidade de homicídio culposo, mas entendem que a tipificação mais adequada seria a de dolo eventual, praticado por omissão imprópria, uma vez que os agentes tinham a obrigação legal de preservar a vida e a integridade física do estudante.

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