Agricultores de Ouro Preto se unem para estruturar cultivo de café com apoio técnico da Prefeitura e Emater

Em uma iniciativa conjunta para diversificar a produção e gerar novas fontes de renda, agricultores dos subdistritos de Piedade e Moreira, em Santa Rita de Ouro Preto, estão se organizando para profissionalizar o cultivo de café na região.

O projeto conta com o suporte técnico especializado da Prefeitura de Ouro Preto e a capacitação oferecida pela Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural).

A proposta visa transformar a realidade local, onde a cafeicultura existe, mas de forma desestruturada.

O produtor rural Tobias Martins destaca a importância do apoio institucional: “O apoio da secretaria é fundamental. Eles ajudam com o cálculo de insumos, acompanhamento técnico e dão orientações que nunca tivemos antes. Isso nos dá segurança para seguir em frente com o projeto”.

O plano prevê que cada agricultor cultive entre mil e três mil pés de café. A mudança representa um salto de qualidade em relação à prática atual.

“Na nossa região existem pés de café, mas é o plantio de quintal, sem acompanhamento técnico. Agora estamos aprendendo a fazer do jeito certo”, explicou o produtor André Martins.

Para viabilizar o projeto de forma autônoma e com custos reduzidos, os produtores estão criando um viveiro próprio para a produção das mudas, trabalhando em sistema de mutirão.

A assistência é completa: engenheiros agrônomos da Secretaria de Agropecuária fazem visitas periódicas, enquanto a Emater conecta os agricultores a programas de incentivo do Governo de Minas e oferece conhecimento técnico em áreas como irrigação e planejamento.

A grande inspiração para a iniciativa veio de uma visita técnica a Varginha, no Sul de Minas, uma referência nacional em cafeicultura.

Organizada pela prefeitura, a viagem permitiu que os produtores conhecessem o trabalho da Fundação Procafé e adquirissem sementes e conhecimento.

“Foi uma experiência muito boa. Voltamos com conhecimento e vontade de aplicar aqui. Vamos começar do zero, mas com orientação técnica e organização”, concluiu André.